E uma vontade imensa de entrar nessa
chuva. Deitar no asfalto e deixar lavar. Uma vontade doida de me
escorrer. Me fazer correnteza e deixar que a água leve o que tem
atrapalhado o curso do rio em mim. Deixar que a maré encha. Que limpe
tudo que estiver à margem impedindo as flores de ganharem vida. Essa
vontade inquietante de ser branca pra recomeçar. Na esperança cruel de
não seguir o mesmo curso, não bater nas mesmas pedras e não quebrar os
mesmos galhos.
26 de abril de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário