16 de outubro de 2009

Socorro

Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada.

Um comentário:

John Meira. disse...

Mas é que às vezes poucas gotas d'água só fazem aumentar mais a sede.
Às vezes uma meia ajuda só faz intensificar a necessidade de socorro.

E quando estamos a nos afogar e o salva vidas, de longe, olha com os braços cruzados?

Se houver algo pior, avisa!